terça-feira, 2 de março de 2010

Auto – Avaliação


Como formadora da rede pública municipal de ensino, tenho enfrentado grandes desafios com relação à formação. A falta de perspectivas dos professores e a não preocupação das autoridades locais com a formação continuada dificulta o desenvolvimento de um trabalho mais consistente e efetivo. É consenso de que a formação de que dispõem os professores no Brasil não contribui suficientemente para que os alunos se desenvolvam como pessoas, tenham sucesso na trajetória escolar e, sobretudo, participem como cidadãos de pleno direito numa sociedade cada vez mais exigente.
Nesse contexto, a minha atuação como tutora da turma de Língua Portuguesa do GESTAR II, não tem sido fácil, pois tenho várias outras atividades que desenvolvo na secretaria, tal situação dificulta a minha formação para que eu ofereça o melhor aos cursistas.
A minha primeira ação ao voltar da 1ª formação em São Luis foi me debruçar nas leituras para que pudesse concorrer de igual para igual com alguns professores que praticam e exercitam a leitura e a escrita. Em meio a esse contexto, senti a necessidade de me aproximar mais, junto aos professores e dos coordenadores para acompanhar o fazer pedagógico destes.
Já fui formadora de outros programas como PCNs em Ação; entretanto, foi no GESTAR II que visualizei a possibilidade de fazer algo que desse resultados positivos e efetivos na reconstrução de práticas pedagógicas que integrassem a realidade do aluno com o planejamento/currículo direcionado pela Secretaria de Educação e pelos professores.
Sei que possuo muitas limitações tais como: pouco tempo para planejar a formação e fazer leituras adjacentes aos conteúdos das TPs; acompanhar efetivamente o trabalho que o professor realiza com “Os Avançando na Prática”, sistematizar de forma mais precisa e eficiente as discussões ricas que se realizam nos momentos dos encontros; e dificuldades de fazer intervenções que possibilitem uma reflexão mais sistêmica por parte dos cursistas. No entanto, administro muito bem as intempéries de alguns que se consideram “CDFs”. A minha relação com os cursistas é amistosa e agradável. Eles me tratam com muito respeito e eu os respeito mais ainda, pois acredito que o sucesso da formação é indispensável para que o professor dê retorno em sua sala de aula e consequentemente eleve o patamar da qualidade da educação.
Tenho procurado agir como profissional diante das adversidades, por isso, mantenho uma relação de afetividade com os cursistas, e é prazeroso sentir a reciprocidade dos mesmos. Creio que essa interação significativa facilita o retorno que eles tem que me dar e sobretudo inovam as práticas docentes e o aluno aprende.
Quero ressaltar, que seria interesse que a nossa tutora, fizesse observações sobre os relatórios, pois ajudaria na refacção dos mesmos e que também contribuísse com outros materiais interessantes para socializarmos com os cursistas que são bastante exigentes.
Por fim, é bom estarmos aqui contribuindo com a reflexão e com a dinamização das práticas pedagógicas. É de fato uma experiência inovadora e prazerosa.

segunda-feira, 1 de março de 2010



Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Luís Fernando Veríssimo

10º Relatório do GESTAR II

Aos quatro dias do mês de dezembro de dois mil e nove, às 14 horas, no Centro Profissionalizante realizamos a oficina 8 – Unidade 16 TP4 com o objetivo de Desenvolver uma sequência de aulas utilizando elementos do processo de produção textual. Iniciamos com uma mensagem natalina, em seguida retomamos as Unidades 15 e 16, com o intuito de rever os conteúdos para tirar dúvidas e acrescentar possíveis críticas. Ao retomar a unidade 15 “Mergulho no texto”. Refletimos que “A pergunta é mais importante que a resposta. Muitos professores se sentem inseguros quando o aluno pergunta e acaba construindo uma barreira entre eles e o aluno o que dificulta a aprendizagem. Alguns professores também elaboram perguntas como pegadinhas, quando na verdade, as perguntas devem ser utilizadas para facilitar a aprendizagem.
A reflexão sobre o que está escrito é que vai levar à aprendizagem, para isso, o professor deve propiciar ao aluno o contato com diversos tipos de leitura para que ele aprenda, bem como, a reescrita e releitura dos textos produzidos por eles, uma vez que não tem o costume de rever o que escrevem/produzem. Foi sugerido por uma professora que os demais façam o trabalho com textos fatiados pois possibilita a compreensão da estrutura do texto, bem como o encadeamento das sequências, por isso, é importante desenvolver essa habilidade nos alunos. Reforçaram sobre a importância de a Leitura ser trabalhada como conteúdo, pois o objetivo deve ser ler para aprender.
Quanto à unidade 16 – A produção textual – crenças, teorias e fazeres, compreendemos que existem pessoas que possuem alguns dons que consideramos como as altas habilidades ou inteligências múltiplas, no entanto, as crianças que convivem num ambiente de cultura letrada tem mais facilidade de fazer uso e prática da linguagem escrita e falada.
Acreditamos que para desenvolver a escrita é preciso ensiná-la e praticá-la na sala de aula. Uma escrita com organização de idéias exige prática, daí a importância de o professor ter cuidado com a escrita dele e com a dos alunos, principalmente nas séries iniciais. A oralidade também deve ser estimulada e desenvolvida na escola, a fim de que, os marcadores lingüísticos muito utilizados na fala sejam eliminados, como também o aperfeiçoamento do discurso.
A coordenadora pedagógica Lindalva Araújo relatou sua experiência com a realização do Avançando na prática da página 131. A atividade foi realizada com alunos da 7ª série. A coordenadora distribuiu o texto “Nossas cidades” em tirinhas e solicitou ao grupo que o organizasse de forma que a construção tivesse lógica. No primeiro momento os alunos não compreenderam, depois tiveram dificuldade na ordenação do texto, bem como na paragrafação. No entanto, a coordenadora relatou que para os alunos foi um desafio diferente, novo e interessante. Demonstraram preocupação com a pontuação e com o fazer corretamente. A professora Iaponira relatou o trabalho com o mesmo Avançando na Prática, enfatizando que os alunos demonstraram interesse em realizar a atividade proposta, no entanto, apresentaram dificuldade com a paragrafação, o ordenamento das sequências e a produção textual. Os alunos fizeram a inter-relação com o texto “Cidadezinha Qualquer” e com a cidade de Rondon do Pará, onde construíram um cartão-postal com os pontos turísticos da cidade. Esse trabalho resultou na premiação dos alunos por uma empresária da cidade.
Prosseguindo dividimos a turma em grupos para realização da atividade coletiva proposta na TP4, páginas 220 e 221. Resultado do trabalho realizado em grupo:


Grupo A
a) A imagem significa que esta fundação está aberta a todo tipo de profissão e a qualquer tipo de (etnia), de pessoas. Todos podem conseguir uma profissão se lhe for dada a oportunidade.
b) Propaganda - Fundação Bom sucesso – FBS
Mais que um curso, uma oportunidade profissional de sucesso!
Nossa fundação oferece uma porta de transformação!
Seja você um:
· Médico
· Arquiteto
· Psicólogo
· Escritor
· Ator
· Escultor
· Delegado
· Bombeiro
· Jornalista
Se você pensa em chegar no topo, parabéns!
Só falta construir o alicerce, e a FBS é seu “elevador”.

c) Planejamento para 5ª ou 6ª série do ensino fundamental.
Objetivo: Esclarecer sobre o tema “Profissões”.
1ª aula – solicitar que os alunos tragam figuras representando profissões, para montar um painel ilustrativo.
Fazer a leitura de diversos textos (poesia, música) que falem de profissões: “Construção Cidadão”; se possível ouvir a música. Pedir aos alunos que falem sobre as profissões que conhecem e qual profissão gostariam de seguir.
Mostrar (o professor) as novas profissões que estão no mercado (Web designer, telemarketing, chefe de cozinha, engenheiros (ambiental, civil, etc.) programador de computador, biólogo marinho, astronauta, etc.).

2ª aula – Pedir aos alunos que escolham uma profissão que acham mais interessante e escrevam uma carta solicitando a este profissional alguns esclarecimentos sobre sua profissão, qual o percurso percorrido para se tornar este profissional, pontos positivos e negativos, remuneração, etc.
- Confeccionar um convite para que este profissional venha à escola participar de uma conversa mostrando o que é sua profissão.
Grupo B

a) A imagem sugere que foi perguntada a cada uma delas a sua profissão do futuro: “O que você quer ser quando crescer?” Depois cada uma foi fotografada com o nome da sua profissão em destaque, sempre com a fisionomia de satisfação em expor a sua preferência para o seu futuro. Observamos, também, que levou-se em consideração a diversidade sócio-cultural.
b) Propaganda - Crianças! O que querem ser quando crescer?
- Um Profissional do futuro!
“Crianças do Brasil: Olhos atentos para o sucesso!”
O que quer ser quando crescer
? ? ? ? ? ?
Se acha muito pequeno para responder
? ? ? ? ? ?
SAIBA

Seja qual for sua profissão, faça o melhor que puder, seja competente e eficaz.
“Você é o futuro!”

c) 5ª série
Objetivos:
- Analisar a capacidade de argumentação sobre profissões do futuro;
- Explorar o conhecimento prévio do alunado acerca de profissões.
Procedimentos:
- Organizar uma entrevista, onde serão abordados questões sócio-econômico e culturais dos entrevistados. Nele os alunos escreverão uma prévia sobre a profissão que almejam e o porquê da escolha”
- A culminância seria através da Leitura em voz alta para todos os colegas do questionário respondido. Após essa etapa, haveria uma intervenção do professor, entregando aos alunos textos que darão informações importantes sobre algumas profissões citadas para serem debatidas em sala de aula.



Para avaliar o encontro os cursistas responderam duas questões:
1 – Qual a importância da formação continuada?
2 – Qual a contribuição do GESTAR II Língua Portuguesa na prática docente?

Grupo C

a) Hoje, as profissões que são melhores remuneradas não é mais privilégio de pessoas mais favorecidas sócio economicamente.
b)

Não deixe o preconceito vencer o seu sonho. Na Unirg você irá realizar o que você sempre almejou sem perder a sua identidade.
Derrube o preconceito, venha para a Unirg.Derrube o preconceito que há em você. Na Unirg você pode ser o que sempre sonhou.




· Apresentar as imagens à turma sem as profissões.
· Solicitar que atribuam uma profissão a cada imagem;
· Expor para a turma porque escolheu/relacionou a profissão àquela imagem;
· Discussão crítica, direcionada pelo professor, sobre as questões sociais, políticas e culturais que influenciaram na escolha de determinadas profissões.
d) Leitura de textos e filmes informativos sobre as profissões;
Solicitar ao aluno que pensem na profissão que gostariam de exercer, e escreve uma carta a um profissional requerendo informações sobre o dia a dia desse profissional

RESPOSTAS

1 – Para mim a formação continuada é importante por ser uma contribuição a mais no meu currículo, mas vejo como oportunidade para o professor repensar a sua prática educativa, bem como aprimorá-la.
2 – O GESTAR II só veio contribuir na minha prática escolar. Foi para mim um diagnóstico para detectar as minhas falhas. Aqui, estou aprendendo com as experiências dos colegas, na hora das reflexões e com contribuição enriquecedora da Fátima Moura.
Gosto muito dos cadernos oferecidos pelo GESTAR, eles só vieram enriquecer a nossa prática, elaboração de atividades direcionadas aos nossos alunos.
Rita de Cácia V. Ferreira
E.M.E.F. Adolfo Soares

1 – O professor, como outros profissionais, devem estar atentos às mudanças e inovações que ocorrem no seu campo de trabalho

2 – Podemos, através do curso, rever nossas práticas e a partir daí, corrigir nossas falhas e investir em nossos acertos.
Maxcléia Consceição Souza
E.M.E.F. Dom Pedro I


1 – A formação continuada é de suma importância pois, atualiza o profissional para a sua prática pedagógica; subsidia na aplicabilidade dos mais diversos conteúdos para o ensino da língua materna; proporciona reflexões e troca de experiência para a prática do dia a dia.
É importante também, pois, consolida nos encontros os relatos de atividades de forma que os professores aprendam para a prática, maneiras diferenciadas de lidar com a diversidade de sala de aula.
2 – O GESTAR II de língua portuguesa tem contribuído (significativamente na prática docente, pois apresenta e desenvolve conteúdo que são trabalhados em sala de aula, proporciona ao professor orientações de como desenvolver os temas mais diversos que envolvem o ensino de língua.
Vemos no GESTAR proposta que não experienciamos na formação acadêmica, e em lugar nenhum considerando que este está em consonância com os parâmetros curriculares; proposta relevante para o ensino da língua, porém, complexa na hora de relacionar prática e conteúdo.
O GESTAR é o estudo e a aplicabilidade do conhecimento apresentado e adquirido numa consonância interativa com sugestões, experiências, práticas, leituras e outras metodologias no ensino-aprendizagem da língua materna.
Leila Rodrigues Pereira
E.M.E.F. Prof. Francisco Nunes


1 – Os novos tempos solicitam dos profissionais a constante atualização, assim a formação continuada contribui de forma significativa ao aprimoramento desse profissional que almeja realizar uma prática diferenciada.
2 – O GESTAR II possibilitou refletir e revitalizar a prática docente, principalmente porque não se limitou a teoria mas integrou muito bem a teoria com a prática.
Ariádina Pereira Galvão
E.M.E.F. Adolfo Soares


1 – A formação continuada é extremamente importante para todos os profissionais da educação, por proporcionar oportunidade de revisão de conceitos e mudança de comportamentos nas práticas educativas.
2 – O GESTAR II tem contribuído significativamente na minha prática por apresentar uma relação direta das teorias discutidas no curso, com as práticas em sala de aula, especialmente pelo tópico “avançando na prática”, em que o cursista desenvolve uma proposta de atividade e retornar ao grupo de estudos com relatos de experiência, que é outro momento importante por promover a apreensão de experiências pedagógicas enriquecedoras.
Marilene Sena Rocha
E.M.E.F. Adolfo Soares


1 - Através da formação continuada o profissional pode aprimorar a sua capacidade de atuação em seu meio de trabalho, seja com troca de experiências com outros cursistas, ora com assimilação de conteúdos inovadores que nos faz crescermos como indivíduos buscando respostas às perguntas que movem o nosso campo de atuação.
2 – Estar cursando o GESTAR II Língua Portuguesa contribuiu de forma muito positiva para a minha prática em sala de aula, por ser um suporte pedagógico que pude utilizar paralelo ao livro didático exigido na escola pública. Através dos “Avançando na Prática” realizados durante o período de agosto a dezembro, tive um norte para que eu pudesse analisar a evolução da minha turma e o que ainda estava faltando para complementar tais atividades. O aprimoramento pessoal e profissional que o GESTAR II está nos oferecendo abre as portas para a qualificação do profissional e do individuo rumo a uma educação de qualidade.
Nancy do Socorro C. Moreira
E.M.E.F. Prof. Francisco Nunes
1 – Levar o professor a uma reflexão, atualizando-o para uma educação voltada para a realidade. Considerando tanto a escrita como a leitura como práticas sociais a partir de texto.
2 – Contribui para a qualidade do ensino, ajudando ao professor na elaboração de suas aulas, na dinâmica e as experiências que adquirimos com os colegas.
Ilinete Penha da Silva Mendes
E.M.E.F. Adolfo Soares

1 – Para mim, toda formação continuada é de suma importância para qualquer profissional que queira aumentar o seu conhecimento e ter uma nova visão de mundo, aperfeiçoando cada vez mais a sua prática pedagógica.
2 – O GESTAR II de língua portuguesa veio contribuir para o desenvolvimento de uma prática pedagógica diferenciada.
Edilene Rodrigues dos Santos
E.M.E.F. PE. José Fontanella

1 – A importância da formação continuada na prática do professor é de proporcionar ao mesmo a oportunidade de aprender novas possibilidades de melhorar a sua atuação em sala de aula, para que o aluno possa ter uma educação significativa para sua vida.
2 – O GESTAR com suas variedades de textos, atividades diferenciadas, reflexões sobre a Língua Portuguesa, só vem a contribuir em nossa prática docente, visto que, aprendemos com os colegas através das discussões, dinâmicas, etc. à melhorarmos como professores.
Flávia Damares A. Cangussú
E.M.E.F. Adolfo Soares

1 - Manter os professores atualizados e preparados para os desafios da educação, contribuindo para a qualidade do ensino.
2 – Melhorar a prática pedagógica: aulas mais dinâmicas, contextualizadas. Colocar em prática um ensino significativo valorizando a realidade do aluno.
Vanda de Almeida Freitas
E.M.E.F. Adolfo Soares


Para finalizar o ano com saudações e desejo de um ano vindouro cheio de paz realizamos o “amigo da onça” e várias brincadeiras para celebrar o ano de realizações e sucesso no GESTAR II.
Maria de Fátima Moura
Formadora GESTAR II

9º Relatório do GESTAR II


O nosso encontro teve como objetivo: 1 – Estudar e refletir sobre as unidades 15 e 16 da TP4. Inicialmente fizemos a Leitura em voz alta da pauta e do texto: “Felicidade clandestina” de Clarice Lispector e distribuí tirinhas com pequenos textos das unidades 15 e 16, nas cores azul, laranja, vermelha, rosa, lilás e verde. Em seguida, dividi os cursistas em seis equipes de acordo com as cores das tirinhas, a fim de que estudassem em grupo e socializasse com os demais. A distribuição ficou nominada assim 1ª equipe (azul) – Unidade 15 Mergulho no texto – seção 1 – Por que e para que perguntar; 2ª equipe – (laranja) – seção 2 – Como chegar à estrutura do texto?; 3ª equipe (vermelha) seção 3 – quando queremos aprender; 4ª equipe (rosa) – Unidade 16 – A produção textual – crenças, teorias e fazeres – seção 1 – Escrita, crenças e teorias; 5ª equipe (lilás) – seção 2 – O ensino da escrita como prática comunicativa e 6ª equipe (verde) – seção 3 – A escrita e seu desenvolvimento comunicativo.
Após uma hora de estudos, cada grupo socializou a reflexão feita dando ênfase nos seguintes aspectos: O professor deve ter maturidade para elaborar perguntas que ajudem o aluno na construção do conhecimento, tendo em vista, que a pergunta é um recurso essencial que deve ser percorrido é a pergunta que possibilita o levantamento de hipóteses e de reflexões por isso o professor deve lançar mão destas no processo de leitura dos alunos. Quanto à estrutura formal dos textos é interessante que o professore elabore atividades diversas que possibilite ao aluno compreender idéias principais e o encadeamento das sequências, não atentando para as questões minuciosas, mas para o significado global do texto.
Reforçou-se a importância de trabalhar a leitura como conteúdo, pois o aluno precisa ler para aprender, para isso o professor deve estimular a leitura e releituras, a compreensão dos textos, as anotações dos textos lidos; buscar dados sobre o assunto do texto; compará-los e relacioná-los com outros, tudo isso possibilitará a formação de um aluno/leitor e escritor competente, alguns cursistas relataram que realizam essas atividades em sala e que perceberam a mudança significativa na escrita e produção dos alunos.
Os cursistas com base na unidade 16, disseram que acreditam que algumas pessoas têm mais facilidade para desenvolver uma escrita eficiente; inclusive falaram sobre as inteligências múltiplas, no entanto, o meio social influencia no desenvolvimento ou não de habilidades escritoras e leitoras e que a escola é fundamental para desenvolver o domínio da escrita e da leitura, para isto, ela tem que ser motivadora e criativa e o professor deve intervir de forma adequada no sentido de orientar o aluno para que aprenda a escrever para lidar com as diferentes práticas da cultura escrita. Para isso, o desenvolvimento de atividades diversificadas, o contato com os diversos tipos de gêneros e a relação com as situações sociocomunicativas devem ser valorizadas e praticadas no âmbito das unidades escolares.
Com relação ao texto referência “Por que meu aluno não lê?” após leitura e discussão coletiva, chegou-se à conclusão que primeiro é preciso que o professor adquira o hábito de ler, pois a maioria não lê. Quem não pratica o hábito da leitura não é capaz de desenvolver no outro o gosto pela mesma. Os cursistas ressaltaram que as praticas desmotivadoras, as decorebas e as leituras obrigatórias que muitos deles realizam concorrem para o desinteresse do aluno. Segundo os professores o GESTAR oferece a eles condições de conhecimento que os faz atuarem com mais competência para o desenvolvimento de leitores.
Ressaltei sobre a importância de se realizar “Os Avançando na Prática”, organizando-os de forma adequada para a série, bem como, verificando os avanços e as dificuldades encontradas pelos alunos e pelos cursistas para a realização.
Finalmente, fizemos a avaliação do encontro que os cursistas o pontuaram assim:
· GESTAR – formação significativa, é realmente a formação que esperávamos;
· Por mais que o professor tem vasta experiência o GESTAR é um suporte que oferece atividades significativas;
· É positivo porque requer planejamento, o que muitos não tinha o costume de fazer;
· O material adicional que recebemos nos encontros são ótimos;
· As discussões são prazerosas e de aprendizagem, inclusive, retoma conteúdos vistos na universidade;
· É um novo aprendizado; enriquece e amplia os conhecimentos;
· Os encontros nos desliga do mundo lá fora, traz um mundo novo;
· Favorece a nossa aprendizagem e a dos alunos;
· É um abastecimento verdadeiro;
· O material do GESTAR é um ótimo suporte para darmos uma aula nota 10, pois o aluno aprende e não se preocupa só com o que foi dito; ele quer mais.
Como sugestão – indiquei o filme “Coração de Tinta” e alguns cursistas pediram para marcar os encontros com mais antecedência.

8º Relatório do GESTAR II

Aos treze dias do mês de novembro de 2009, no Centro Profissionalizante realizamos a Oficina 7 – Unidade 14 – TP4 cujo objetivo foi: 1- Sistematizar e aprofundar as reflexões sobre letramento e sobre o processo de leitura; 2 – Desenvolver a leitura e a prática dos cursistas com relação ao trabalho com textos.
Iniciamos às 14 horas com as boas vindas e entregando um bombom com os seguintes trechos da TP4, Unidades 13 e 14:
... apropriar-se de uma tradição de leitura e escrita, supõe assumir uma herança cultural, que envolve o exercício de diversas operações com os textos e a colocação em ação de conhecimentos sobre as relações entre os textos; entre eles e seus autores; entre os próprios autores; entre os autores, os textos e seu contexto...
Délia Lerner
O processo da leitura pode ser considerado uma sequência de perguntas/hipóteses que o leitor faz (mesmo inconscientemente) em torno do texto, Por isso mesmo, nossas perguntas devem ajudar nosso aluno a avançar na formulação de suas próprias perguntas, caminhando para uma leitura autônoma. Daí a importância de se trabalhar com perguntas formuladas pelos próprios alunos. Da mesma forma, é importante pensarmos que o trabalho com o texto pode ser muito mais produtivo quando é uma atividade compartilhada.
TP4 página 125
O plano de criação do texto, consciente ou inconscientemente estabelecido pelo autor, evidencia-se numa estrutura, reveladora de seu pensamento. Por isso, estabelecer a estrutura do texto lido é um dos melhores caminhos para se chegar a seu significado global, independentemente do gênero e da extensão dele. Daí a importância de você investir em atividades que ajudem seu aluno a desenvolver essa habilidade.
TP4 página 134
Na perspectiva do letramento, fatores como as práticas de leitura e escrita da comunidade e da família influenciam o desenvolvimento da escrita e a escola tem que construir uma ponte entre a sua prática e aquelas da comunidade, dando chance a todos de praticarem a escrita de acordo com as funções que exercem na sociedade para que todos possam tornar-se adultos participativos, criativos e críticos.
TP4 página 173

Em seguida solicitei ao professor cursista Walter Santiago para fazer a leitura do texto: “ABC de um solteiro” de Silvio Romero. Após a leitura pedi que cada professor lesse a frase que continha em seu bombom e que tecesse comentários e reflexões. Segundo boa parte dos cursistas foi bastante valiosa essa dinâmica pois possibilitou a retomada dos conteúdos e conceitos trabalhados nas Unidades 13 e 14 da TP4, o que reforçou com certeza a compreensão dos processos de leitura e escrita, bem como, a melhor compreensão do conceito de Letramento ainda não dominado por todos. Os comentários e reflexões foram bastante pertinentes, pois os cursistas entenderam que o processo de Alfabetização e Letramento devem caminhar juntos ou vice versa e que as práticas de Letramento são bastantes presentes na comunidade e estas precisam ser valorizadas dentro do espaço escolar o que segundo aqueles é o local apropriado para a construção e consolidação de conhecimentos e saberes adjacentes do contexto social e cultural em que o aluno está inserido.
Associada a esta discussão, discutimos e respondemos o roteiro de análise do filme “Narradores de Javé” que assistimos no encontro anterior, concluindo o seguinte: 1) O que significa fazer o “papel de escriba?” – Registrar os fatos, poder nas mãos. O que escreve, registra por meio de palavras formadas a partir do alfabeto de seu idioma. O que domina a escrita. 2) Qual é o papel do escriba, naquela comunidade? Ouvir e registrar as histórias do povo daquela cidade que ainda não tinha sido alfabetizada. A pessoa que fazia o registro das histórias contadas pelo povo do Vale de Javé.O papel do escriba naquela comunidade era escrever a história de um povoado perdido no interior brasileiro, que se vê as voltas com a construção de uma usina hidrelétrica em sua região, o que levará à destruição de todo o vale de Javé ameaçando a própria existência da comunidade. 3) Analise os traços de oralidade daquela comunidade. A cultura estava na memória daquela comunidade e no modo de viver e ao personagem Biá cabia o registro dessas memórias. Cada um tinha um modo próprio, pessoal de contar as estórias com criatividade para dar maior veracidade aos fatos e acontecimentos. Percebe-se ali que a oralidade não era simplesmente tradição, era também um traço conjuntural devido a precária situação sócio-econômica dos moradores quase todos analfabetos. Os contadores da estória de Javé se intitulam protagonistas da história. 4) Qual a relação entre oralidade e escrita? Nas sociedades de tradição oral como Javé não há necessidade de memorização integral dos fatos, percebe-se que o comportamento narrativo dos personagens, como papel mnemônico teve a função de atualizar o passado. A escrita temida pelo povo de Javé, altera a relação com as palavras, fixa as idéias, e é como se roubasse o movimento. O fato narrativo como diz o próprio Bia precisa ser melhorado na escrita para dar mais veracidade a estória. A oralidade permite o refazer constante do passado ao passo que o escrito não. 5) Analise as práticas de Letramento e de Alfabetização daquela comunidade. A comunidade não dominava o código escrito, no entanto, tem largo domínio da língua, léxico, vocabulário rico. As práticas sociais da leitura e escrita que circulam naquela comunidade são compreendidas e difundidas pelas personagens do filme. 6) Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme? O alfabetizado é aquele que detém o domínio da linguagem estritamente escrita, enquanto que o letramento pressupõe um conjunto de práticas sociais que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito, do código. O letrado em Javé é aquele que tem o poder de libertar/salvar a comunidade da inundação. 7) Em que atividades práticas, no contexto da sala de aula, você exerce o papel de escriba? No momento em que registramos diariamente as ações, os trabalhos, episódios ocorridos durante as aulas. A escrita das histórias quando elaboradas na coletividade pelos alunos, a reescrita de textos na lousa e etc. 8) Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita? Por meio da escrita ele registra as memórias, histórias, fatos. Colabora na formação dos educandos enquanto leitores e escritores competentes. 9) Qual a função social que a escrita exerce no contexto do filme? Naquela comunidade a escrita tem o poder de salvá-la. Resgatar e registrar a memória do Vale do Javé, a fim de elevar o vilarejo à condição de patrimônio cultural. 10) Quais as relações de poder estabelecidas pelos personagens diante das práticas de escrita? Antônio Bia, personagem que domina a escrita utiliza desse saber para manipular as histórias contadas pelos moradores do vilarejo que não dominam a escrita e para se “safar” de situações das quais se envolve. Ao dominar escrita ele se torna superior em relação aos demais moradores.
O que os cursistas constataram é que as práticas sociais e discursivas são bem marcantes no Vilarejo de Javé e, no entanto, o domínio do código escrito é quase inexistente. Por isso a necessidade de nós educadores respeitarmos a cultura trazida pelo nosso aluno, a fim de que trabalhemos na perspectiva de ajudá-lo a dominar o código escrito e fazer uso competente deste.
Dando continuidade, os professores relataram suas experiências em sala dando ênfase às dificuldades encontradas com relação a escassez de material e recursos tecnológicos para o desenvolvimento de uma aula mais prazerosa, no entanto, disseram que quando desenvolvem atividades do GESTAR há um envolvimento maior dos alunos e o nível de aprendizagem é mais satisfatório.
Alguns cursistas relataram que tem percebido o progresso gradativo dos alunos em relação à melhoria na ortografia e produção depois que começaram a desenvolver as atividades propostas nos Avançando na Prática.
Após o intervalo, dividi em grupos para a realização da atividade com o “Avançando na Prática” das páginas 97,98 e 99 da TP4. Os professores analisaram o poema “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drumond de Andrade em seguida definiram para qual série proporiam a atividade; então responderam a seguinte questão: Pense e escreva as situações e perguntas que você proporia a seus alunos sobre o poema.
O primeiro grupo definiu trabalhar com alunos da 5ª série com os seguintes objetivos: Trabalhar o conhecimento prévio dos alunos; proporcionar momentos de leitura e reflexão, além de explorar sua criatividade na produção escrita de aula: 1 – Apresentar imagens da cidade de Itabira; 2 – Conversar como os alunos sobre o momento histórico em que foi criado o poema e sobre o autor; 3 – Leitura do poema em voz alta pelo professor; 4 – Permitir que os alunos opinem sobre o poema e relate o que entenderam e sentiram; 5 – Incentivar a turma a interpretar cada estrofe isoladamente; 6 – Leitura de outros textos (poemas) relativos às cidades; 7 – Interrelacionar o poema com a realidade de sua cidade (comunidade); e 8 – Sugerir que escrevam um depoimento sobre a “cidade ideal”. Por fim, o segundo grupo optou pelos alunos da 6ª série e propuseram as seguintes situações: 1 – Fazer a leitura do poema com alunos; 2 – conversar com os alunos sobre o entendimento de cada um e o que sentiram; 3 – Ler outros textos com a mesma temática; 4 – Fazer a interrelação entre um texto e outro; 5 – Buscar rememorar a cidade em que moram, como era e como é hoje, através de entrevistas com pessoas mais antigas da cidade; 6 – Fazer ilustrações da cidade antiga e atual; 7 – Produzir texto falando sobre as mudanças ocorridas e 8 – Organizar painel com fotos ilustrativas e poemas sobre a cidade.
Refletimos que o poema de Carlos Drumond de Andrade possibilita uma vasta possibilidade de trabalho em sala, uma vez que a cada leitura e análise descobrimos a sua densidade poética e uma série de elementos e aspectos gramaticais que podem ser explorados. O poema é tão pequeno, mas a sua dimensão poética vai além de nossas possibilidades interpretativas e com certeza trabalhá-lo com os alunos será muito mais enriquecedor.
A oficina foi avaliada como positiva, a dinâmica inicial possibilitou a retomada das Unidades que segundo os professores, foram trabalhadas de forma superficial. Foi proveitoso porque facilitou a compreensão dos conteúdos propostos, bem como a compreensão e distinção entre alfabetização e letramento, foi sugerido que nos próximos encontros se realize a mesma dinâmica.
Para finalizar indaguei sobre o que seria “Mergulhar no Texto?” Obtive as seguintes respostas:
- Análise profunda;
- Enxergar o maior número possível de facetas do texto;
- Releitura do texto;
- Compreender profundamente o texto;
- Ser um personagem do texto;
- Banhar no texto.
OBS: Vale ressaltar que “Mergulho no texto” é o conteúdo da Unidade 15 da TP4.

7º Relatório do GESTAR II

Realizamos o 7º encontro do GESTAR II Língua Portuguesa no dia 20 de outubro de 2009, no Centro Profissionalizante, no horário das 14 às 18 horas. Inicialmente, foi feita à leitura de fruição: “ A Moura” de Silvio Romero, seguida da leitura do Iniciando nossa Conversa da TP4, unidade 14 – O processo da leitura. Abordamos a seção 1 – Onde está o significado do texto?; resolvendo a atividade 1,2 e 3 das páginas 71,72 e 73. Após uma breve análise da atividade 3, manuseamos toda a seção, destacando os itens mais relevantes e pontuando àqueles que auxiliem em nossa prática cotidiana.
Prosseguindo, passamos para a seção 2 – Os objetivos de Leitura: expectativas e escolhas de textos. Começamos a seção respondendo a atividade 9. Perguntei aos professores quais os tipos de leitura realizados por eles em sala de aula? E quais os objetivos? Muitos disseram que realizam leituras de diversos gêneros e que os objetivos mais comuns são: a interpretação, a fluência, a produção textual, a observação e correção de aspectos gramaticais e às vezes obrigatória; manuseamos toda a seção pontuando os trechos mais significativos. Passamos para a seção 3 – Conhecimentos prévios interferem na produção de significado do texto? Fizemos a leitura da seção de forma breve, com ênfase na atividade 14 das páginas 92 e 93 e no Avançando na prática das páginas 97, 98 e 99, atividade a ser trabalhada na oficina de nº 07 da TP4.
O Coordenador pedagógico da Escola Francisco Nunes apresentou um texto em que destaca que de acordo com uma pesquisa da Universidade inglesa não importa a ordem das palavras para conseguirmos fazer uma leitura de um texto com as palavras em desordem. O texto foi lido pelos professores e constatamos que o conhecimento prévio é constituído por todos os nossos saberes, incluindo valores e este, é fator decisivo no interesse pelo texto e na sua compreensão.
Às 16 horas, retornamos do lanche com o filme: “Narradores de Javé”. Distribuí um roteiro de análise do filme com os seguintes aspectos a serem analisados pelos professores:
1) O que significa fazer o “papel de escriba”?
2) Qual o papel do escriba naquela comunidade?
3) Analise os traços de oralidade daquela comunidade e a função do escriba.
4) Qual a relação entre oralidade e escrita?
5) Analise as práticas de letramento e de alfabetização daquela comunidade.
6) Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?
7) Em que atividades práticas, no contexto da sala de aula, você exerce o papel de escriba?
8) Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?
9) Qual a função social que a escrita exerce no contexto do filme?
10) Quais as relações de poder estabelecidas pelos personagens diante das práticas de escrita?


Às questões serão respondidas em casa e trazidas para análise no próximo encontro.
Enfatizei sobre a importância de atentarem para a bibliografia prevista em cada unidade, bem como as leituras sugeridas.

6º Relatório do GESTAR II


Aos dois dias do mês de outubro de 2009, no Centro Profissionalizante realizamos o 6º encontro do GESTAR II, com o objetivo de introduzirmos a TP4, Unidade 13. Fizemos a leitura de fruição: “O que é letramento?” de Kate M. Chong com o propósito de chamar a atenção para a temática a ser trabalhada na TP4. Em seguida fez-se a leitura do Iniciando Nossa Conversa, destacando os principais itens a serem abordados nas seções da Unidade 13.
Para refletirmos sobre a Seção 1 – O letramento, vimos o vídeo Palavras – Titãs, seguida de uma reflexão sobre as nossas práticas cotidianas de leitura e escrita. Depois de fazermos uma leitura minuciosa da seção, enfatizando os itens mais relevantes, fechamos com o texto “Galileu Leu” de Fernando Lopes.
Adentramos na seção 2 – Letramento e diversidade cultural, com a resolução coletiva da atividade de nº 08, constante das páginas 32 e 33 da TP4, em seguida lemos toda seção, pontuando os aspectos relevantes para renovação da nossa prática pedagógica, bem como procurando refletir sobre o letramento e a diversidade cultural presentes em nossa comunidade.
Às 16 horas fizemos um delicioso lanche e logo após retomamos os trabalhos com a seção 03 – Conhecimento Prévio e atividade de leitura e escrita , para motivar à turma coloquei o som com a música “Baião” da página 41, os professores acompanharam a música cantando; notei que alguns quiseram dançar, mas ficaram intimidados. Após ouvirmos a música resolvemos as questões da atividade 11 da página 43 da TP, seguida da leitura de toda a seção, analisando e refletindo sobre as questões propostas. Para encerrar a seção fizemos a leitura do texto: “El Túnel”.
Às 17 horas fizemos uma roda de leitura do texto Ampliando Nossas Referências das páginas 54 e 55, discutindo e destacando os itens importantes; respondemos coletivamente as questões de 1 a 3, as demais por falta de tempo, serão respondidas em casa pelos professores que deverão reler o texto para tal tarefa..
Apresentei alguns slides sobre Letramento e processo de leitura objetiva, inferencial e avaliativa.
Finalmente, avaliamos o dia como positivo, apesar da dificuldade que os professores tem encontrado para realizar os estudos à distância e a reprodução de material para o trabalho em sala de aula.
Orientei os professores que os Avançando na Prática devem ser realizados com toda atenção, podendo ser feitas adequações, se necessário, ao contexto da sala de aula.

5º Relatório do GESTAR II

Aos vinte e seis dias de setembro de 2009, às 8 horas, reunimos na E.M.E.F. Maria Lei Miranda Colares com o intuito de realizarmos a oficina 6 da TP3 e encerrarmos os estudos referentes à TP. Inicialmente fizemos a leitura da pauta e da leitura de fruição: “O perigo de mantermos os olhos nas circunstâncias”. Em seguida fizemos a leitura do objetivo da oficina que propunha momentos de reflexão e atividades que auxiliassem na prática pedagógica do professor. Na primeira parte em que os professores deveriam expor suas observações e críticas, sobre os assuntos e atividades propostas, estes relataram que os assuntos trabalhados na TP são bons, são os mesmos abordados nos livros didáticos, porém, a ênfase, a abordagem que se dá com relação ao tema e às atividades é que fazem a diferença no GESTAR. Enfocaram que um dos maiores problemas para realizarem o trabalho com base no GESTAR é a falta de estrutura/suporte das escolas para reprodução do material; a sobrecarga de trabalho dos professores e o fato de terem que priorizar outros conteúdos, como os da prova Brasil. Alguns professores disseram que com a realização dos avançando na prática em sala perceberam as dificuldades dos alunos em distinguir, por exemplo, sequências tipológicas descritivas, narrativas e argumentativas. Estes, trabalharam com os alunos recortes de jornais para auxiliar na compreensão e distinção os tipos o que facilitou a assimilação daqueles.
Na segunda parte da oficina, cujo objetivo foi partilhar acertos, dificuldades e trocar experiências, os professores enfatizaram mais uma vez a dificuldade de organizar o material para uma aula diferenciada devido a escassez de recursos. Quanto ao avançando na prática da página 109 da TP3 ao realizarem em sala de aula perceberam a grande dificuldade dos alunos no momento da escrita e na troca com os colegas, no entanto, tiveram muita facilidade na oralidade. A atividade foi divertida e possibilitou trabalhar com a intertextualidade. A partir dessa atividade a discussão e identificação das sequências descritivas foi menos complicada. Destacaram também que a descrição com imagens foi bastante produtiva e prazerosa no momento da realização em sala.
Achei interessante os professores dizerem que a TP3 possibilitou a realização de um trabalho diferenciado porque eles trabalhavam as sequências tipológicas de forma separada e que da forma como propõe o GESTGAR facilitou a aprendizagem dos alunos. “... quando se trabalha com as sequências tipológicas dentro de um mesmo texto fica mais fácil para caracterizar e identificar” (professora Maxcléia, cursista do GESTAR II).
Também foi gratificante ouvir que alguns aplicaram a avaliação diagnóstica de entrada e que gostaram, inclusive, estão utilizando questões no cotidiano de sala de aula. Relataram que o que faz a diferença no GESTAR são as metodologias propostas que ensinam/sugerem como trabalhar os conteúdos e isso eles sentem falta nos demais livros/materiais didáticos, bem como, a possibilidade de reflexão e troca de experiências que se realizam com a formação.
Passamos para a parte II da oficina, neste momento dividi em três grupos e solicitei aos grupos que fizessem a leitura e análise do texto do Jô Soares da página 195 e respondessem às seguintes questões:
1) Leia e analise o texto;
2) Enumere argumentos para que o texto seja considerado um exercício de redação escolar;
3) Enumere argumentos que mostre não se tratar de um exercício escolar.
4) Utilize as seguintes questões como roteiro para a discussão:
a) Pense em outros textos que você conhece bem e compare-os com esse. O que você pode observar de semelhante? O que você pode observar de diferente?
b) Que gênero textual serviu de base para o autor? Por que você acha que ele escolheu esse gênero? Que efeitos ele procurou com essa escolha?
c) Que sequências tipológicas aparecem nesse texto? Destaque duas de cada tipo que você encontrar? Qual é a predominante? Por quê?

Respostas dos grupos referentes às questões propostas:
1- Enquanto gênero, o texto pode ser considerado uma crônica, pois o autor faz uma abordagem de questão social de forma humorística, no caso o fato de o salário mínimo brasileiro ser tão baixo.
2- O terceiro parágrafo e o décimo, pelo uso das palavras: recreio e professora, as correções no uso das maiúsculas trocam de letras b pelo v, folha de caderno e com letra manuscrita. Por se tratar da fala de uma criança e por se referir a professora em dois momentos, inclusive ele fala que espera receber boa nota.
3- Ele retrata, através deste texto, a sua realidade, e geralmente os exercícios abordam assuntos desconhecidos que serão vistos e explicados em sala de aula;
- É um tema pouco abordado em livro didático, por ser um direito previsto na lei;
- O tema não foi discutido anteriormente, deixando o autor livre para expor a sua maneira e de acordo com a vivência do que sabe ou escuta em casa;
-É uma crônica satirizando o salário mínimo;
- O texto produzido por Jô Soares deixa pistas que não é um texto escolar, porque o referido autor normalmente circula em revistas, jornais, livros;
- O narrador utilizou uma linguagem de criança em idade escolar, no entanto, em alguns momentos usam termos que normalmente não está no nível de uma criança;
- O tema é inadequado para esse nível;
4)
a) no texto lido, observamos a ingenuidade da criança em ser direta ao comentar sobre o tema, diferente de uma crônica escrito por outro autor que explorará a questão da subjetividade ao satirizar;
São semelhantes na temática (baixo salário que não supre as necessidades básicas), porém conforme as abordagens diferenciadas;
b) crônica. Pois na crônica podemos expor uma opinião favorável ou não sobre tal assunto. Ele provoca uma reflexão, por ser um tema polêmico e de forma ingênua uma criança mostrou a realidade;
O texto de Jô Soares, o assunto foi abordado sob a visão de uma criança, conforme se percebe na escolha lexical e vocabular;
c) texto humorístico – demonstra infantilidade apesar das marcas de escolaridade. As críticas revelam maturidade e as ironias conhecimentos de assuntos nem sempre dominados por crianças.
c) Quanto a tipologia, predomina o tipo argumentativo, apesar de conter sequências descritivas e narrativas, o autor expõe seu ponto de vista.
Sequência descritiva: “tão pequenininho que cabe até no meu bolso” “Minha avó não é aposentada também, ela é muito velhinha”;
Sequência narrativa: “Lá em casa todo mundo deu risada”;
Sequência argumentativa: “mas eu acho que ele estava brincando, porque quem ganha salário mínimo não tem dinheiro pra comprar revólver”
Alguns professores argumentaram que não se trata de um texto com predominância argumentativa e sim narrativa, pela estrutura como este se apresenta; foi uma ampla discussão em defesa de ambos os posicionamentos, no entanto, não se chegou a um consenso. Decidimos fazer uma releitura e análise do texto em casa e discutir posteriormente.
A discussão citada acima nos serviu de reflexão para repensarmos nossa postura em sala, diante de argumentos dos alunos que às vezes não consideramos legítimo.Para finalizar, avaliamos o encontro como produtivo e positivo e, constatamos que temos muito a aprender, para isso, faz-se necessário a atualização constante. Aproveitei a oportunidade e distribuí um texto sobre letramento para leitura em casa.

4º Relatório do GESTAR II


No dia 09 de setembro de 2009, reunimos às 14 horas no Centro Profissionalizante para realizarmos o 4º encontro do GESTAR II - Unidade 12 – A inter-relação entre Gêneros e tipos textuais – Inicialmente fizemos a leitura da pauta seguida da leitura de fruição: “Os três surdos” de Rosane Pamplona. Em seguida fizemos a leitura coletiva do Iniciando Nossa Conversa, retomando inclusive as unidades 9,10 e 11 da TP3; logo após, conforme numeração e frase prescrita no bombom que entreguei a cada professor no momento da chegada; dividimos em três grupos, assim definidos: Grupo 1 – Seção 1 – Gêneros textuais e sequências tipológicas, Grupo 2 – seção 2 – Sequências Tipológicas em gêneros textuais e grupo 3 – seção 3 - a intertextualidade entre gêneros textuais.
Cada grupo teve um tempo mínimo de 40 (quarenta) minutos para estudar a seção e preparar a melhor forma de socialização.
Durante os estudos em grupos procurei dar suporte a cada um orientando quanto à maneira de apresentação e tirando as dúvidas relacionadas ao conteúdo proposto, na visita percebi que cada membro dos grupos se envolveram na leitura e discussão dos assuntos de forma responsável e comprometida com a sua aprendizagem.
No momento da socialização os representantes de cada equipe sentaram à frente do meio círculo e de forma descontraída apresentaram a síntese do que fora debatido e discutido. Muitas dúvidas foram surgindo e na coletividade estas também foram sanadas; a cada seção apresentada retomávamos ao objetivo proposto para esta com o intuito de verificarmos se todos tinham chegado também ao ponto de chegada (objetivo), seguida da leitura do resumindo.
Antes de finalizarmos retomamos à TP3 para rever os “Avançando na Prática” das Unidades 11 e 12; orientei os professores quanto a transposição didática, a realização dos estudos semanais da TP3, a utilização das AAAs nas atividades práticas da sala de aula e quanto ao relato que estes devem trazer por escrito, inclusive com amostras de trabalhos realizados pelos alunos.
Finalmente, solicitei que fizessem a avaliação da minha postura enquanto formadora, nesse momento, senti-me lisonjeada, pois todos com muita sinceridade elogiaram o meu trabalho pontuando que:
· A formação tem sido positiva por eu ser uma profissional da área de linguagem;
· Tenho desempenhado um papel criativo;
· Mostra segurança e conhecimento;
· Utiliza uma linguagem clara, acessível e de fácil compreensão.

Pontuaram ainda que:
· O GESTAR possibilita a transposição didática;
· A teoria está associada ao fazer em sala de aula, ou seja, teoria x prática x teoria;
· A linguagem fácil contribui para o desenvolvimento de um bom trabalho;
· O fato da formação ocorrer no meio da semana, não se torna estressante;
· O GESTAR possibilita a aquisição de conhecimentos e o professor adquire para o aluno.
Cada encontro tem sido majestoso, pois percebo o entusiasmo, a alegria de estarem reunidos e, sobretudo o tempo de que dispõem para estudar é bastante significativo. Sabemos que o professor precisa ser um constante estudioso e pesquisador, no entanto, fala-se muito em formação continuada, mas na prática esta pouco se realiza, porém o GESTAR II consegue atender estes anseios de formação, de reflexão do fazer pedagógico, de construção de conhecimento pautado na realidade prática de cada professor que incansavelmente na sua sala de aula “feia”, sem recursos e conforto ainda é o único sonhador que lida com realidades diversas e consegue fazer a diferença nas mentes e corações de muitas crianças, jovens e adultos brasileiros.

3º Relatório do GESTAR II

No dia 31 de agosto de 2009 realizei o 3° encontro do GESTAR II sobre a Unidade 11 – Tipos Textuais. Iniciei dando boas vindas à turma, seguida da leitura de fruição: Trem Fantasma de Moacir Scliar.
Fizemos a leitura coletiva do Iniciando nossa conversa, destacando os itens mais relevantes. Em seguida passamos para a seção 1 – Sequências Tipológicas: descrição e narração. Foi feita a leitura do objetivo e dos trechos mais significativos; como atividade pedi à turma que destacasse no texto “O drama da geada” as sequências descritivas e narrativas e respondessem a questão: Qual a diferença do último parágrafo para os primeiros?
Notei que alguns colegas professores tiveram dificuldade em definir as sequências descritivas das narrativas, no entanto, ao retomarmos a questão a discussão foi bastante calorosa e chegou-se à conclusão que sequências descritivas são predominantemente constituídas por nomes, atribuem propriedades à paisagens, pessoas e etc., e que as sequências narrativas apresenta uma série de ações que se apóiam em fatos, personagens, tempo e espaço.
Para enfatizar as sequências descritivas e narrativas solicitei à turma que em dupla realizassem a atividade 2 do TP3, respondendo apenas as questões 3 e 4 previstas na página 102; mais uma vez percebi a dificuldade de alguns colegas em produzir textos. Diante de tal situação, fico pensando: Que tipo de trabalho estes colegas vem realizando em sala de aula? E as práticas de leitura, onde estão? Apesar dessa dificuldade, textos maravilhosos foram produzidos e no momento da socialização cada dupla procurou destacar com menos dificuldade as sequências descritivas e narrativas.
Foi feita também a leitura da seção 2 – Sequências tipológicas: os tipos injuntivo e preditivo, os professores comentaram que não trabalham com estas sequências e alguns disseram nem ter conhecimento. Teve professor que disse não achar relevante trabalhar com estes tipos, no entanto, após leitura e reflexão coletiva chegamos à conclusão que é interessante que os alunos conheçam estes tipos textuais, uma vez que estes se realizam constantemente no nosso cotidiano.
Às 16 horas servimos um delicioso lanche; logo a seguir a coordenadora do GESTAR II professora Maria Lourença Pereira fez uma dinâmica “Pé direito, pé esquerdo”. Passamos então, para a leitura e reflexão da seção 3. Seqüências tipológicas expositivas e argumentativas como dois aspectos do tipo dissertativo. Fizemos a leitura minuciosa da atividade 12 da página 117 com o intuito de resgatar no texto as sequências tipológicas expositivas e argumentativas, bem como a idéia central, foi um momento ímpar, uma vez que a discussão girou em torno do texto que segundo alguns colegas não apresentava nenhuma argumentação e sim uma constatação científica de que “cães atacam pessoas que demonstram medo” o que para alguns não caracterizava dissertação. No entanto, com o decorrer da leitura e discussão os colegas puderam perceber que o texto em questão se caracterizava como expositivo, uma subclassificação do texto dissertativo. Entreguei aos cursistas a atividade 15 da página 122 para que em trio respondessem às questões 1 e 2, no momento da socialização constatei que umas equipes não entenderam de que se tratava de criar um terceiro quadrinho com a interação verbal; creio que seja a dificuldade de interpretação ou o fato de não identificarem o que é interação verbal
Para encerrar a unidade, fiz uma roda de leitura do texto Descrição e Dissertação, do Ampliando nossas referências, que no decorrer da leitura e reflexão um professor auxiliado pela turma enumerava na folha de papel madeira afixada na parede o que caracterizava cada sequência tipológica:
Descritivo
ü Objetividade ou subjetividade;
ü Ocorrências simultâneas;
ü Inexistência de marcas de cronologia;
ü Tempo verbal é o presente;
ü A inversão da seqüência dos enunciados não altera a relação cronológica;
ü Termos concretos;
ü Usos de adjetivos ou adjetivação

Narrativo
ü Verbo de ação, movimento;
ü Espaço e fatos concretos;
ü Termos concretos;
ü Sequência cronológica (relação de anterioridade e posterioridade);
ü Texto figurativo;
ü Tempo passado.

Dissertativo
ü Analisa e interpreta fatos da realidade;
ü Termos abstratos, conceitos também abstratos;
ü Discurso da ciência e da filosofia;
ü Relação lógica;
ü Texto temático.

Reforcei sobre a importância de estudarem as TPs, bem como resolver os exercícios e fazer a transposição didática dos Avançando na Prática, inclusive utilizando também os AAAs.
Finalizamos com a avaliação do encontro, os professores disseram que a metodologia utilizada foi muito boa e que a cada encontro se surpreendem com o nível das discussões e reflexões e com a qualidade do material, constatamos que os objetivos propostos para a unidade foram atingidos.
Os professores estão entusiasmados e envolvidos na formação, a cada encontro eu me surpreendo com o nível de interação, participação e envolvimento afetivo dos colegas.
Há um clima de muito respeito pelas falas dos colegas, pelo ponto de vista do outro e inclusive comigo; não existe uma relação de que “eu” sei mais que o “outro”. Na formação todos se interrelacionam muito bem, inclusive os que não possuem a habilitação específica.
Estou convicta de que o GESTAR II trará mudanças significativas na prática pedagógica de cada um e o ensino aprendizagem terá mais qualidade.

2º Relatório do GESTAR II


Iniciei com a leitura da pauta na qual continha os objetivos do encontro que era o de “oportunizar momentos de reflexões, de sistematização e transposição didática para os conceitos trabalhados nas unidades 9 e 10”. Seguida da leitura de fruição: O casamento e o divórcio da lagartixa do autor Leandro Gomes de Barros.
Às 14 horas e 20 minutos passei para a Parte I – onde os professores deveriam tecer comentários, expor opiniões e dificuldades quanto aos assuntos e atividades das unidades 9 e 10. Comecei fazendo alguns questionamentos, tais como:
1. É fácil identificar todo tipo de texto? Depende de quê?
2. Por que nossos alunos têm tanta dificuldade para identificar os gêneros e perceber as diferenças na organização dos textos?
3. Quando realizamos atividades mecânicas como cópias de textos/histórias, tem alguma relevância para a aprendizagem deles?
4. Por que não conseguimos fazer com que os alunos assimilem os gêneros textuais?
5. Por que é tão difícil escrever se oralmente expressamos textos e frases com fluência?

Após um breve debate concluímos conforme prescrito nas páginas 29 e 40 do TP3 – sobre as escolhas lingüísticas que fazemos no momento de construção de um texto seja oral ou escrito. Estas escolhas dependem de hábitos culturalmente construídos e as determinações históricas.
Alguns gêneros admitem flexibilidade e outros dependendo da situação de comunicação admitem uma certa mistura. É o conhecimento de mundo de cada indivíduo que possibilita a identificação dos gêneros e a competência sociocomunicativa permite-nos perceber as diferenças na organização dos textos; portanto, devemos ensinar na escola competências e habilidades que propiciem aos alunos a intimidade com os gêneros.
É preciso deixá-los “transitar entre as diferentes estruturas e funções dos textos e escritores” Beth Marcuschi, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Nós educadores devemos apresentar os textos aos alunos em seu suporte, fazendo-os passarem pelas funções enunciativas do texto: ouvinte, leitor e escritor.
Na parte II – Relato de experiência; momento dos professores partilharem seus acertos e dificuldades e entregar relato por escrito. Determinei um tempo mínimo de 3 minutos para cada professor, que com base nas seguintes perguntas expuseram o trabalho realizado em sala:
1. Como você planejou a atividade?
2. Que dificuldades teóricas encontrou?
3. Que dificuldades de aplicação encontrou?
4. Que soluções encontrou para essa dificuldades?
5. A que resultados positivos você e seus alunos chegaram?
6. Como você avalia o alcance de seus objetivos?
7. Você teve oportunidade de discutir essa prática com seus colegas ou com seu coordenador? Como vocês avaliaram os resultados?

Síntese dos relatos:

· O conteúdo proposto no GESTAR II se assemelha a alguns livros didáticos que já trabalham de forma renovada e numa perspectiva sociointercionista;
· É preciso mais clareza nos comandos do avançado na prática;
· Dificuldade dos alunos em transpor para o papel, mais facilidade na oralidade;
· Dificuldade na organização do texto como: pontuação, acentuação, ortografia;
· Criatividade dos alunos na produção de cordéis (associando à realidade deles, elaboração de cartazes, etc);
· Dificuldade dos alunos em:
- Selecionar o gênero para produção de outro;
- Transpor de um gênero para outro;
- Refacção dos textos;
· Dispersão da turma;
· Roda de conversas – foram marcantes;
· Debates positivos sobre: preconceitos, tipos de trabalho, etc;
· Dificuldades dos alunos em ler pequenos textos; a leitura deve ser trabalhada como conteúdo;
· Alunos com idéias mais articuladas na produção de textos, isso devido terem discutido o tema antes, possuíam mais informações na hora da produção.

Percebi que a maioria dos professores trabalhou com o gênero Biografia e cada um o apresentou com uma abordagem diferenciada.
Os gêneros: conto, jornal, cordel, receita, artigo, poema, horóscopo, jogo, propaganda e música também foram trabalhados. Os professores foram unânimes em dizer que foi uma aula prazerosa e os alunos demonstraram bastante interesse, participando dos debates, das conversas informais e das pesquisas propostas, contudo, a dificuldade em transpor para o papel é a grande vilã da história, talvez porque sejam necessárias aulas mais dinâmicas onde a produção escrita seja uma atividade constante.
Alguns colegas não fizeram o avançando na prática; relataram experiências anteriores, ouvi-as com atenção, no entanto, falei da importância em realizar o proposto no GESTAR II, para a efetivação e conclusão do curso.
Às 15 horas e 30 minutos – passamos para a parte III – Atividades Coletiva – Transposição Didática, com o propósito de Planejar atividades de leitura, interpretação e produção de textos visando à análise, caracterização e classificação dos gêneros textuais. Dividi a turma em 5 (cinco) grupos e deixei-os livres para escolherem entre o Texto 1 – Poema tirado de uma notícia de jornal de Manual Bandeira e Texto 2 – Bom dia, canção de Gilberto Gil e Nana Caymme.
Antes dos grupos se reunirem enfatizei sobre a importância da possibilidade de escolha e do gênero poético em nossas vidas; ressaltando que 1 – Poesia não se restringe aos livros clássicos, tem suas versões mais acessíveis; 2 – Deveriam levar em consideração que são diferentes manifestações do gênero poético e que eram para elaborar exercícios de leitura, interpretação e produção de texto; 3 – Os exercícios deviam focalizar tanto a estrutura formal do texto quanto seu conteúdo informacional; 4 – Respeitassem o nível de maturidade lingüística dos alunos (vocabulário adequado); 5 – Vincular o tema à realidade e 6 – Poderiam utilizar outros recursos didáticos (aparelho de som, etc.).
Após discussão e construção coletiva nos grupos, estes apresentaram os resultados, propondo as seguintes atividades:
Grupo 1 – Fizeram opção pelo texto 1 – propuseram promover paralelo com texto não-literário (ênfase na função referencial); trabalhar a estrutura do enredo; critérios gramaticais como: conjunções, tempos verbais e etc.; dar ênfase na função poética e transformar o texto em crônica.
Grupo 2 – Trabalharam o texto 1 - ênfase na leitura, compreensão, reflexão e produção de texto; tipologia textual (narração); elementos da narrativa; gênero: poema e estrutura formal.
Grupo 3 – Optaram pelo texto 2 – leitura silenciosa e individual do texto; divisão do texto em refrão e corpo (outros versos); cantar a música acompanhada do CD/DVD; comentários sobre a canção; propor questões direcionadas para que os alunos percebam a temática, estrutura formal (característica do gênero), elementos próprios do texto musicado (melodia,sonoridade, ritmo, entonação,etc.); produção de texto: ilustrar graficamente por meio de colagem (cotidiano do aluno ou outro contexto), produzir texto em prosa (tipo narrativo em 3ª pessoa, crônica, artigo, etc.) e pesquisa de campo sobre trabalho infantil e a construção de gráficos dos dados coletados para expor em sala. Produção escrita em versos.
Grupo 4 – Texto 1 – leitura individual e silenciosa (contato pessoal); leitura oral e coletiva; escuta do texto, interpretação do texto (exposição e comentários orais, com destaque para os elementos da narrativa); reflexão crítica do desfecho do texto; Produção de texto (reescrita do poema mudando o desfecho do texto, produzir narrativa inserindo informações novas mantendo as ações do texto).
Grupo 5 – Texto1- sondar os conhecimentos dos alunos sobre o autor; leitura da biografia do autor; leitura do poema em voz alta; dar informações sobre as localidades apresentadas no texto; propor questões orais de interpretação; relembrar e relatar tragédias cotidianas; dividir a turma em 3 grupos e sortear 3 oficinas: teatro,paródia e ilustrações.
Após a apresentação dos grupos pedi que comentassem sobre a relação que há entre gêneros e tipos textuais. Apenas elencaram alguns tipos como: narrativo, descritivo e dissertativo. Para uma leitura complementar distribui texto de: Silvio Ribeiro sobre Tipologias Textuais e Gêneros.
Para encerrar a oficina entreguei a Avaliação Diagnóstica de Entrada e fiz a leitura da carta da Maria do Pilar – Secretária de Educação Básica, seguida de uma ficha de avaliação do encontro com os seguintes itens:
1. Os objetivos foram atingidos?
2. Quanto às estratégias e atividades propostas o que tem a dizer?
3. Pontos a melhorar.
4. Sugestões.

No geral, responderam que os objetivos foram alcançados e que a troca de experiências, as estratégias e as atividades propostas auxiliam o educador na sua prática pedagógica.
Percebi que os professores relataram suas experiências de forma descontraída e sem medo de expor o seu fazer pedagógico, uma vez que tiveram liberdade para refletir sobre sua prática em sala de aula e ao mesmo tempo trocar “figurinhas” com os colegas.

Relato dos professores:

· As estratégias são boas, pois aguça o gosto pela leitura, além de propiciar o trabalho em grupo.
· A estratégia usada foi descontraída dando liberdade ao grupo para expor as atividades desenvolvidas, destacando as facilidades e dificuldades encontradas. As atividades propostas foram importantes, pois proporcionaram o fechamento do trabalho inicial.
· Eu pude reconhecer o potencial dos meus alunos.
· Executar um plano de aula com eficácia.
· Trabalhar os gêneros de forma bem diversificada e dinâmica.
· Continue Assim!!!


Aprender é um exercício constante de renovação.
Paulo Freire

Memorial de Experiência Leitora


Minha infância foi marcada por muitas dificuldades financeiras, posso dizer de "extrema pobreza" e falta de contato com a cultura letrada, no entanto, apesar desse meio "inculto" a minha mãe com sua extrema sabedoria e com um dom especial desses que os deuses dão às mães desprovidas de recursos financeiros, ensinou-nos primeiramente a rezar e nas rodadas de conversas à beira de fogueiras ou à luz de lamparina nos contava histórias de principes e princesas, bruxos e bruxas, fadas, cavaleiros, castelos encantados e até mesmo fábulas que nos encantavam e alimentavam os nossos sonhos e nos fazia acreditar em dias melhores.
Os colegas de infância com quem brincávamos e cantávamos as cantigas de roda na escuridão das noites estreladas e sem a presença da "maldita" televisão, possibilitáva-nos aguçar o imaginário e inventar outras situações e brincadeiras que não se repetiam a cada noite. Todos os dias esperávamos pelo anoitecer com ansiedade ou para ouvir histórias ou para cantar as cantigas de roda.
Foi neste cenário que acredito ter sido alfabetizada com letramento apesar de já frequentar a escola.
Por volta dos 11 anos comecei a ter contato com os romances de: Júlia, Bianca, Sabrina e Bárbara. Eu não tinha dinheiro, mas tinha amigos que mes emprestavam com a condição de devolvê-los rapidamente, então à luz da lamparina eu devorava um romance numa noite, no máximo em duas. As histórias me encantvam, eu sonhava com aquelas mulheres e homens maravilhosos e viajava para países distantes, palácios, praias, navegava nas páginas dos romances e sonhava com um grande amor.
Ao completar 14 anos comecei a trabalhar e passei a ser cliente da Ediouro, editora que na época me possibilitava comprar romances da literatura brasileira. Estes eram mais complexos, alguns eu lia e me encantava e me apaixonava, outros, nem tanto, não conseguia compreedê-los.
Também na minha adolescência comecei a adquirir revistas de fotonovelas, estas eram coloridas, homens e mulheres lindos, cheios de vida, romantismo, magia e beleza o que me contagiava e ao mesmo tempo aprimorava a minha escrita.
Quando fiz 18 anos já era professora estável, tinha que ler muito pois a função me exigia. O hábito de produzir textos não foi constante em minha carreira estudantil, este só foi desenvolvido na Universidade e em três laboratórios de não-violência que fiz em Brasília, devido à minha participação numa entidade chamada SERPAJ - Brasil que difundia os princípios da não violência ativa, baseada nos fundamentos filosóficos de Marathama Gandi e Martim Luter King, nesse período produzi meus primeiros escritos.
Daí por diante, já fui revisora de livros e até escrevi o prefácio da obra Pirulito Pirulê de autoria de uma grande amiga, Professora Rosa Peres.
Acredito que o profissional de Educação precisa estar constantemente informado, atento às inivações e, sobretudo, a leitura deve fazer parte do seu cotidiano; na formação do GESTAR II essa condição leitora é imprenscindível para a obtenção de resiltados positivos e modificadores da prática pedagógica.


Memorial Profissional


Aos 14 anos de idade já substituía as professoras numa escola de minha cidade. Elas gostvam muito de mim, porque, além de humilde, era paciente e demonstrava habilidade para lidar com as crinças. Aos 15 anos senti-me compketamente realizada quando fui convidada para dar aulas numa turma de crianças no antigo MOBRAL que mais tarde passou a ser FUNDAÇÃO EDUCAR.

Todos os dias eu tinha prazer em recolher as crianças em suas casas e as levavam para a sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais - STR que cedia o espaço para a turma do MOBRAL, ali eu e as crianças nos reali´zavmos rabiscando folhas de papel, jornal, manuseando o lápis de cor e as massinhas; cantando cantigas de roda e realizando as mais diversas brincadeiras.

Até completar 18 anos tive o imenso prazer de ser admitida no Estado foi então que assumi duas turmas de séries iniciais, e por ter fama de boa alfabetizadora fui premiada com uma turma de 1ª série de repetentes e outra não. Sofri muito pois o meu desejo era que todos ao finaç do curso pudessem codificar e decodificar os signos, mas isso nem sempre conseguia, apesar de toda a minha dedicação.

Com o passar do tempo e com toda a minha paciência e compromisso fui me aperfeiçoando na arte de educar, também, eu não perdia uma oportunidade de fazer um curso qualquer que fosse ele.

Em 1992 na Escola Pe. José Fontanella fui agraciada com uma turma de ciclo Básico. Esse período foi marcante porque as diversas formações das quais participei e a contribuição de outros colegas me proporcionaram o saber fazer em sala de aula que culminava numa aprendizagem significativa para aquelas crianças do ciclo Básico I, correspondente às 1ª e 2ª séries.

As aulas eram tão saborosas que as crianças sentiam prazer em ir para a escola, porque sabiam que ali podiam se expressar, falar de seus sentimentos, medos, tristezas, angústias e sonhos. Ali no palco da escola elas representavam cenas de seu cotidiano e as cenas que com certeza seriam escritas no futuro por aqueles jovens aprendizes da liberdade, enfim, jovens cidadãos do seu próprio tempo.

Foi neste período que aprendi que o ofício de ensinar é mais que transmissão de conhecimentos é possibilitar as diversas formas de expressão, a vivência cidadã, o desenvolvimento integral da criança; foi aí que aprendi a ser pescadora de vida.

quando adentrei na Universidade de Letras em 1994 já trabalhava com língua portugesa, nesse período, creio ter sido o melhor período, pois pude como disse uma vez minha diretora "formar um exercito de comunistas". Ela dizia isto, porque os meus alunos podiam ser identificados de longe; era os mais participativos, questionadores e reivindicadores de seus direitos.. Acredito ter formado verdadeiros cidadãos, permitindo a eles a vivência da cidadania plena dentro do espaço escolar.

Lecionei também no ensino médio, língua portuguesa e literatura, confesso ter gostado mais de trabalhar com literatura, apesar dos alunos não sentirem motivados com a referida disciplina, mas a minha insistência e persistência no sentido de "obrigá-los" a ler e a escutar horas chatas de recitação de poemas e conversas sobre o maravilhoso mundo da literatura; já me geraram vários comentários como: Professora a única coisa que eu sabia na prova do ENEM foi aquele trecho chato de literatura que a senhora falou. Me dei bem no vestibular em literatura, obrigado professora. Estou com saudades de suas aulas chatas de literatura.

Também é comum ouvir comentários do tipo "aprendi português com a senhora". "Você foi minha melhor professora de português".

Sempre concebi a tarefa de lecionar como uma das mais difíceis e brilhantes. Levar uma criança a compreender e assimilar o processo pelo qual percorre o caminho da escrita e a decodificação desta é simplesmente desnudar o mundo apresentá-los a este ser ávido por conhecimento, por isso, entendo que o educador precisa estar nutrido de conhecimento e sabedoria para articular e mediar aquele processo, para isso faz-se necessário formação continuada e um olhar humanizador.

Concomitantemente à minha carreira como professora exerci as funções de coordenadora pedagógica, diretora de ensino, formadora dos PCNs em Ação, técnica junto à Secretaria de Educação e presidente do Conselho de Educação.

Atualmente, exerço a função de diretora de Ensino e formadora do GESTARII; os desafios de minha vida profissional foram muitos, grandes e ousados, mas acredito tê-los transpostos com muita sabedoria e, sobretudo com a consciência de que é preciso compromisso para fazer uma educação de qualidade, mas também é preciso amor.

Só o amor é capaz de transpor as barreiras e fazer-nos caminhar rumo à crença de que podemos tudo, tudo em prol daquels que anseiam o conhecimento e a tranformação de suas tristes realidades, em realidades de paz, solidariedade e prosperidade.









quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Relatório do 1º Encontro do GESTAR II



Iniciamos o GESTAR II – Língua Portuguesa no dia 29 de junho de 2009, às 8 horas com as boas vindas aos cursistas seguida da mensagem audiovisual de Toni Menelez cuja temática é a “superação de desafios”. Em seguida distribuímos pastas contendo caderno, lápis com borracha, caneta, cola e o guia geral.


Passamos à apresentação em data show com leitura e discussão do guia. Observei que os professores a princípio demonstraram entusiasmo, no entanto, com o decorrer da apresentação estes ficaram preocupados com a quantidade de atividades propostas, bem como, com o tempo que terão que dispor para os estudos individuais. Questionaram também quanto à certificação não ser feita pela Universidade de Brasília – UNB.


Nesse primeiro momento, as turmas de Matemática e Língua Portuguesa estiveram juntas para estudo do guia geral e discussão de alguns aspectos afins. A partir das 14 horas as turmas foram divididas.


Entreguei as TPs e AAAs a cada professor que carinhosamente as recebeu e fizemos uma leitura e análise partindo da Unidade 2: A Proposta Pedagógica do GESTAR II. Seção 3: Currículo do GESTAR II – Língua Portuguesa e Unidade 3: A Implementação do GESTAR II. Seção 1: Sistema Institucional de Aprendizagem.


Às 16 horas foi servido um delicioso lanche, retornamos as 16h15 com a Unidade 9 do TP3 – Gêneros Textuais: do intuitivo ao sistematizado. Iniciamos fazendo a leitura do Iniciando nossa conversa, páginas 13 e 14, destacando os itens mais relevantes e dando ênfase nos objetivos propostos para a referida unidade. Coloquei as figuras de 1 a 5 da seção 1 no data show e à medida que íamos visualizando, o debate, a discussão e a empolgação aumentava. Constatamos no grupo que assim como a TP apresenta as concepções de trabalho diferenciadas, nós educadores também temos nossas concepções, isso devido às nossas vivências, ao nosso conhecimento de mundo.


Continuamos analisando os gêneros: o texto 1- Biografia; texto 2 – Receita; texto 3 – Anúncio Publicitário/Propaganda das páginas 19 e 20, certificando que o conhecimento de mundo de cada individuo, possibilita a identificação dos textos, tendo em vista que trazem informações e estruturas lingüísticas já vistas anteriormente.


Para dar ênfase à discussão solicitei à turma que fechassem o livro e conceituassem gêneros textuais e competência sociocomunicativa.



Conceitos elaborados pela turma



Gêneros textuais



· Toda e qualquer forma de comunicação oral ou escrita;


· Tudo que se reconhece historicamente pela forma como se apresenta: mapa, etc;


· Toda manifestação da linguagem;


· Modalidade oral ou escrita que contém representação semântica ;


· Formas distintas de expressar conteúdos significativos;


· Grupos de textos por motivos como estilo composicional, conteúdos e esfera de produção.



Competência sociocomunicativa



· Meio em que o homem se comunica por meio de textos;


· Capacidade de interação social que o sujeito adquire historicamente;


· Capacidade de comunicação em diferentes situações, formas;


· Capacidade de interrelacionar em suas relações sociais;


· Leitura que se faz dos vários tipos e situações;


· Uso do conhecimento dos diversos gêneros nas mais diversas situações de interação social.



Após conceituarem fizemos um paralelo com os conceitos apresentados na TP e foi gratificante constatar que cada colega educador exerceu bem a sua competência sociocomunicativa.


Fizemos a leitura coletiva e comentada da seção 2 – Gêneros textuais e competência sociocomunicativa e seção 3 – classificando gêneros textuais destacando os pontos mais relevantes e relacionando sempre as leituras e os diversos gêneros com o nosso fazer pedagógico.


Retornamos às 8 horas do dia 30 de junho, terça-feira com a Leitura de fruição: O Caso do Espelho, versão de conto popular por Ricardo Azevedo e logo após com a leitura de “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” de Luiz Antonio Marcuschi, após reflexão nos grupos, pontuamos os parágrafos mais relevantes e respondemos às questões previstas na página 47 do TP.


Foi interessante perceber que os professores não trouxeram respostas prontas, ou fizeram comentários “costumeiros” de que “eu já faço isso”; “isso não tem nada de novo”. Compreenderam que uma abordagem diferenciada de como se trabalhar com os gêneros textuais, faz a diferença no processo de ensino aprendizagem dos alunos e que nós educadores precisamos constantemente renovar as práticas para obtermos sucesso.


Às 10 horas dividi em três grupos e distribuí a Unidade 10 – Trabalhando com Gêneros textuais, uma seção para cada grupo que tiveram tempo de 40 minutos para organizar a apresentação. No momento da apresentação foi feita a Leitura do Iniciando Nossa conversa com destaque para os objetivos da unidade. Em seguida passamos à apresentação do grupo 1 – Seção 1 – Gênero literário e não – literário que sabiamente definiram as características do gênero literário e não-literário, enfatizando que um objetiva o entretenimento, o prazer da linguagem e o plano da expressão enquanto que o outro, tem função utilitária. O grupo 2 – O gênero poético, acrescentaram ao conteúdo da TP a música “Cidadão” de Zé Geraldo, que foi cantada por todos e comentada pelo grupo; sempre relembrando que a temática da TP era o trabalho. Ressaltou-se a importância do gênero poético no cotidiano escolar e como características do poema pode se apresentar em outros gêneros. O grupo 3 – seção 3 – Uma subclassificação do gênero poético: o cordel; fizeram um varal com vários cordéis e a leitura de um cordel de Patativa do Assaré, enfatizando que por ser um gênero popular não deve ser menosprezado, mas valorizado e resgatado no espaço escolar.


Às 17 horas encerramos com a avaliação do encontro; questionei à turma sobre os pontos a melhorar, foram unânimes em dizer que os cursistas devem ouvir mais, respeitando as falas dos colegas; serem mais sintético nas exposições e cumprir com os horários; não acrescentaram nenhuma sugestão.


Nesse primeiro encontro apesar de estar empolgada com o GESTAR, cujo material é excelente, pois traz uma linguagem simples, apresenta questões pontuais e do nosso cotidiano de educadores. Mesmo Assim. confesso que tive medo de ter uma receptividade negativa por parte dos colegas. É muito difícil lidar com aqueles que se intitulam donos do saber e acham que a prática realizada em sala de aula é perfeita, não devendo ser refletida.


No entanto, para minha grande surpresa os professores foram extremamente calorosos e assim como eu se encantaram com a qualidade do material, apesar de alguns, já terem uma prática pedagógica reflexiva e pautada na ética e na qualidade das ações que realizam, isso me faz acreditar que os espaços de reflexão compartilhada como o GESTAR influenciam no crescimento da turma, pois possibilita aprofundar os dilemas de sala de aula, a contextualização das ações e a participação efetiva dos agentes envolvidos no processo de ensino aprendizagem.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Gestar também é Carnaval, é diversão com a leitura.

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje já é outro dia.

Fernando Pessoa