terça-feira, 2 de março de 2010

Auto – Avaliação


Como formadora da rede pública municipal de ensino, tenho enfrentado grandes desafios com relação à formação. A falta de perspectivas dos professores e a não preocupação das autoridades locais com a formação continuada dificulta o desenvolvimento de um trabalho mais consistente e efetivo. É consenso de que a formação de que dispõem os professores no Brasil não contribui suficientemente para que os alunos se desenvolvam como pessoas, tenham sucesso na trajetória escolar e, sobretudo, participem como cidadãos de pleno direito numa sociedade cada vez mais exigente.
Nesse contexto, a minha atuação como tutora da turma de Língua Portuguesa do GESTAR II, não tem sido fácil, pois tenho várias outras atividades que desenvolvo na secretaria, tal situação dificulta a minha formação para que eu ofereça o melhor aos cursistas.
A minha primeira ação ao voltar da 1ª formação em São Luis foi me debruçar nas leituras para que pudesse concorrer de igual para igual com alguns professores que praticam e exercitam a leitura e a escrita. Em meio a esse contexto, senti a necessidade de me aproximar mais, junto aos professores e dos coordenadores para acompanhar o fazer pedagógico destes.
Já fui formadora de outros programas como PCNs em Ação; entretanto, foi no GESTAR II que visualizei a possibilidade de fazer algo que desse resultados positivos e efetivos na reconstrução de práticas pedagógicas que integrassem a realidade do aluno com o planejamento/currículo direcionado pela Secretaria de Educação e pelos professores.
Sei que possuo muitas limitações tais como: pouco tempo para planejar a formação e fazer leituras adjacentes aos conteúdos das TPs; acompanhar efetivamente o trabalho que o professor realiza com “Os Avançando na Prática”, sistematizar de forma mais precisa e eficiente as discussões ricas que se realizam nos momentos dos encontros; e dificuldades de fazer intervenções que possibilitem uma reflexão mais sistêmica por parte dos cursistas. No entanto, administro muito bem as intempéries de alguns que se consideram “CDFs”. A minha relação com os cursistas é amistosa e agradável. Eles me tratam com muito respeito e eu os respeito mais ainda, pois acredito que o sucesso da formação é indispensável para que o professor dê retorno em sua sala de aula e consequentemente eleve o patamar da qualidade da educação.
Tenho procurado agir como profissional diante das adversidades, por isso, mantenho uma relação de afetividade com os cursistas, e é prazeroso sentir a reciprocidade dos mesmos. Creio que essa interação significativa facilita o retorno que eles tem que me dar e sobretudo inovam as práticas docentes e o aluno aprende.
Quero ressaltar, que seria interesse que a nossa tutora, fizesse observações sobre os relatórios, pois ajudaria na refacção dos mesmos e que também contribuísse com outros materiais interessantes para socializarmos com os cursistas que são bastante exigentes.
Por fim, é bom estarmos aqui contribuindo com a reflexão e com a dinamização das práticas pedagógicas. É de fato uma experiência inovadora e prazerosa.

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