quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Relatório do 1º Encontro do GESTAR II



Iniciamos o GESTAR II – Língua Portuguesa no dia 29 de junho de 2009, às 8 horas com as boas vindas aos cursistas seguida da mensagem audiovisual de Toni Menelez cuja temática é a “superação de desafios”. Em seguida distribuímos pastas contendo caderno, lápis com borracha, caneta, cola e o guia geral.


Passamos à apresentação em data show com leitura e discussão do guia. Observei que os professores a princípio demonstraram entusiasmo, no entanto, com o decorrer da apresentação estes ficaram preocupados com a quantidade de atividades propostas, bem como, com o tempo que terão que dispor para os estudos individuais. Questionaram também quanto à certificação não ser feita pela Universidade de Brasília – UNB.


Nesse primeiro momento, as turmas de Matemática e Língua Portuguesa estiveram juntas para estudo do guia geral e discussão de alguns aspectos afins. A partir das 14 horas as turmas foram divididas.


Entreguei as TPs e AAAs a cada professor que carinhosamente as recebeu e fizemos uma leitura e análise partindo da Unidade 2: A Proposta Pedagógica do GESTAR II. Seção 3: Currículo do GESTAR II – Língua Portuguesa e Unidade 3: A Implementação do GESTAR II. Seção 1: Sistema Institucional de Aprendizagem.


Às 16 horas foi servido um delicioso lanche, retornamos as 16h15 com a Unidade 9 do TP3 – Gêneros Textuais: do intuitivo ao sistematizado. Iniciamos fazendo a leitura do Iniciando nossa conversa, páginas 13 e 14, destacando os itens mais relevantes e dando ênfase nos objetivos propostos para a referida unidade. Coloquei as figuras de 1 a 5 da seção 1 no data show e à medida que íamos visualizando, o debate, a discussão e a empolgação aumentava. Constatamos no grupo que assim como a TP apresenta as concepções de trabalho diferenciadas, nós educadores também temos nossas concepções, isso devido às nossas vivências, ao nosso conhecimento de mundo.


Continuamos analisando os gêneros: o texto 1- Biografia; texto 2 – Receita; texto 3 – Anúncio Publicitário/Propaganda das páginas 19 e 20, certificando que o conhecimento de mundo de cada individuo, possibilita a identificação dos textos, tendo em vista que trazem informações e estruturas lingüísticas já vistas anteriormente.


Para dar ênfase à discussão solicitei à turma que fechassem o livro e conceituassem gêneros textuais e competência sociocomunicativa.



Conceitos elaborados pela turma



Gêneros textuais



· Toda e qualquer forma de comunicação oral ou escrita;


· Tudo que se reconhece historicamente pela forma como se apresenta: mapa, etc;


· Toda manifestação da linguagem;


· Modalidade oral ou escrita que contém representação semântica ;


· Formas distintas de expressar conteúdos significativos;


· Grupos de textos por motivos como estilo composicional, conteúdos e esfera de produção.



Competência sociocomunicativa



· Meio em que o homem se comunica por meio de textos;


· Capacidade de interação social que o sujeito adquire historicamente;


· Capacidade de comunicação em diferentes situações, formas;


· Capacidade de interrelacionar em suas relações sociais;


· Leitura que se faz dos vários tipos e situações;


· Uso do conhecimento dos diversos gêneros nas mais diversas situações de interação social.



Após conceituarem fizemos um paralelo com os conceitos apresentados na TP e foi gratificante constatar que cada colega educador exerceu bem a sua competência sociocomunicativa.


Fizemos a leitura coletiva e comentada da seção 2 – Gêneros textuais e competência sociocomunicativa e seção 3 – classificando gêneros textuais destacando os pontos mais relevantes e relacionando sempre as leituras e os diversos gêneros com o nosso fazer pedagógico.


Retornamos às 8 horas do dia 30 de junho, terça-feira com a Leitura de fruição: O Caso do Espelho, versão de conto popular por Ricardo Azevedo e logo após com a leitura de “Gêneros textuais: definição e funcionalidade” de Luiz Antonio Marcuschi, após reflexão nos grupos, pontuamos os parágrafos mais relevantes e respondemos às questões previstas na página 47 do TP.


Foi interessante perceber que os professores não trouxeram respostas prontas, ou fizeram comentários “costumeiros” de que “eu já faço isso”; “isso não tem nada de novo”. Compreenderam que uma abordagem diferenciada de como se trabalhar com os gêneros textuais, faz a diferença no processo de ensino aprendizagem dos alunos e que nós educadores precisamos constantemente renovar as práticas para obtermos sucesso.


Às 10 horas dividi em três grupos e distribuí a Unidade 10 – Trabalhando com Gêneros textuais, uma seção para cada grupo que tiveram tempo de 40 minutos para organizar a apresentação. No momento da apresentação foi feita a Leitura do Iniciando Nossa conversa com destaque para os objetivos da unidade. Em seguida passamos à apresentação do grupo 1 – Seção 1 – Gênero literário e não – literário que sabiamente definiram as características do gênero literário e não-literário, enfatizando que um objetiva o entretenimento, o prazer da linguagem e o plano da expressão enquanto que o outro, tem função utilitária. O grupo 2 – O gênero poético, acrescentaram ao conteúdo da TP a música “Cidadão” de Zé Geraldo, que foi cantada por todos e comentada pelo grupo; sempre relembrando que a temática da TP era o trabalho. Ressaltou-se a importância do gênero poético no cotidiano escolar e como características do poema pode se apresentar em outros gêneros. O grupo 3 – seção 3 – Uma subclassificação do gênero poético: o cordel; fizeram um varal com vários cordéis e a leitura de um cordel de Patativa do Assaré, enfatizando que por ser um gênero popular não deve ser menosprezado, mas valorizado e resgatado no espaço escolar.


Às 17 horas encerramos com a avaliação do encontro; questionei à turma sobre os pontos a melhorar, foram unânimes em dizer que os cursistas devem ouvir mais, respeitando as falas dos colegas; serem mais sintético nas exposições e cumprir com os horários; não acrescentaram nenhuma sugestão.


Nesse primeiro encontro apesar de estar empolgada com o GESTAR, cujo material é excelente, pois traz uma linguagem simples, apresenta questões pontuais e do nosso cotidiano de educadores. Mesmo Assim. confesso que tive medo de ter uma receptividade negativa por parte dos colegas. É muito difícil lidar com aqueles que se intitulam donos do saber e acham que a prática realizada em sala de aula é perfeita, não devendo ser refletida.


No entanto, para minha grande surpresa os professores foram extremamente calorosos e assim como eu se encantaram com a qualidade do material, apesar de alguns, já terem uma prática pedagógica reflexiva e pautada na ética e na qualidade das ações que realizam, isso me faz acreditar que os espaços de reflexão compartilhada como o GESTAR influenciam no crescimento da turma, pois possibilita aprofundar os dilemas de sala de aula, a contextualização das ações e a participação efetiva dos agentes envolvidos no processo de ensino aprendizagem.




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